Ela tinha um vício!
Há algum tempo escrevi um post AQUI sobre meu vício feio e nojento, roer
unha! Posso dizer que há seis meses estou limpa, livre e definitivamente
distante deste mal. #oremos
Mas infelizmente minha princesa
também apresentava um vício, e olha que ela tem apenas três anos e quatro
meses. Sophia desde os primeiros dias de vida foi apresentada à um acessório
que se tornou importantíssimo, e, por que não dizer vital: a chupeta!
Enquanto estava grávida, perguntei
para a minha mãe que é dentista os prós e contras de oferecer chupeta para um
bebê, ela me disse que o problema é muito maior de chupar o dedo e, se usado
até os três, quatro anos não traria nenhuma consequência ruim.
Eu confesso que não tinha opinião
formada, mas não iria forçar Sophia a chupar chupeta como um calmante, tanto
que nem levei na mala de maternidade, achei que num dia qualquer, quem sabe eu
ofereceria e se ela gostasse, tudo bem!
Para minha infeliz surpresa, no dia
seguinte após o nascimento da princesa de “abençoado” pediatra a diagnosticou
com icterícia ou amarelão, ou seja,
os rins ainda não estão 100% e por isso não trabalha direito (vamos dizer
assim) e daí a criança fica amarelinha. Os antigos davam banho de chá de picão e deixavam o recém nascido
alguns minutinhos no sol, mas nos tempos modernos, os bebezinhos são expostos à
um banho de luz chamado fototerapia, que
mais parece um bronzeamento artificial! E para piorar aquela situação, esse
banho de luz foi dado no meu quarto! Detalhe: Sophia ficou peladinha, com os olhinhos
vendados e recebi a instrução de que eu NÃO deveria ter contato com o bebê
durante o banho, porque poderia secar meu leite (OI?!?) ... ou seja, tinha que
ver minha princesinha chorando horrores e não fazer nada! Foi aí que minha mãe
trouxe de casa a chupeta e deu para Sophia numa forma de acalmá-la, uma vez que
TODO MUNDO diz que assim que nasce o bebê precisa ficar quentinho, enroladinho
e Sophia estava lá, sozinha, desnuda e desprotegida!
Esse foi o primeiro encontro de
muitos entre Sophia e a chupeta!
Para que esse encontro fosse mais
longo e duradouro, entrou em cena a saudosa Funchicórea,
presente do meu pai! Ahhhh ... doces momentos! Era besuntar a chupeta no pó e
Sophia passava loooongos minutos deliciosamente calmos e tranquilos. Mas por sorte
–hoje vejo assim– não conseguimos mais encontrar a Funchicórea.

Quando Sophia estava prestes a
completar três anos, decidi que era hora de sumir com o acessório siliconado!
Para a minha surpresa –e alegria– Sophia mordeu a chupeta e a rasgou! Pronto,
foi o motivo perfeito para que acabássemos com a relação das duas. Foram alguns
dias de muita felicidade ATÉ QUE a princesa foi dormir na casa da vovó e pediu
a chupeta! Minha mãe, avó babona que é, saiu correndo, foi ao shopping e
comprou uma nova! Eu fiquei muuuuito brava. Perguntei para a minha mãe por que
ela havia feito isso se sabia que eu estava querendo tirar a chupeta da Sophia.
Ela simplesmente respondeu que não conseguiu ver Sophia chorando.
Passaram-se alguns meses até que eu
estava decidida a fazer o que fosse necessário para tirar a chupeta. Estava
feio! Conversei com a escola e pedi auxilio para as professoras que, para minha
surpresa falaram que Sophia NÃO usava mais na escola. Na hora que eu a deixava,
ela guardava na mochila e muito raramente pedia na hora do soninho. Foi aí que
notei que quando entrávamos na escola, Sophia me dava a chupeta e pedia para
que eu guardasse na mochila. Garota esperta .... sabia que não podia mostrar
para a professora sua fraqueza, afinal de contas, a professora já estava
ministrando que princesa NÃO usa chupeta e que ela já era uma mocinha, que
chupeta era coisa de bebê do berçário!
Assim foi por uma semana ... até que
numa noite, numa segunda-feira durante nosso ritual do sono Sophia me disse que
não iria usar chupeta naquela noite pois a tia Ana Cláudia (a professora
abençoada) iria ficar muito feliz com a notícia, e assim foi. Na manhã seguinte
contamos para a professora que realmente ficou muito feliz. A noite chegou, com
ele o ritual e eu ofereci a chupeta, achando que era apenas um ato de
maturidade isolado, que nada, Sophia manteve-se firme e forte!
Eis que na noite de quarta-feira
Sophia pediu sua chupeta. Que tristeza, não queria dar mas também não podia
criar uma situação, afinal de contas, podíamos causar um super mal entendido.
Conversei calmamente e ofereci. Sophia pegou o objeto de silicone, deu uma
lambida e falou “Pronto mamãe, agora você já pode guardar.”. Essa foi a última
vez que Sophia pediu a chupeta e a desejou.
Hoje, um mês após essa tomada de
decisão é que me senti segura o suficiente para falar sobre isso, pensava que
se escrevesse antes nossa vitória, poderíamos ter uma recaída e como omitir
isso para aqueles que aqui nos acompanham.
Chupar chupeta não é pecado, não é
um erro muito menos faz a criança ou mesmo os pais serem inferiores, fracos ou
inconsequentes. Oferecer ou não chupeta não nos faz sermos melhores nem piores
pais, nos torna simplesmente pais!
EU achei que aos três anos seria
ótimo MINHA filha deixar de usar chupeta. Em anos de consultório odontológico
já vi pais que permitiam até o primeiro ano e pais que permitem com mais de
seis, isso é de cada família. Cada um tem seu livre arbítrio e sabe o que é
melhor.
Da mesma maneira que já falei AQUI
sobre o nosso desfralde, hoje venho falar de como conseguimos deixar a chupeta.
Hoje Sophia é uma mocinha princesa
que não usa mais chupeta! Para noooooossa alegria!
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