O que seria de nós sem os avós?!
#FATO
indiscutível: nós (eu e princesa) não seriamos NADA nem NINGUÉM sem a vovó
cuidando da gente! E olha que já me irritei demaaaaaais com ela! E hoje posso
vir publicamente e aproveitar a oportunidade diante do mundo inteiro para
dizer: mamãe, me perdoa?!?

Ela
nunca brigou, condenou ou criticou. Chamou a minha atenção porque se mantinha
relação com o namorado, provavelmente era na casa dele e isso sim ela não
admitia desrespeitar a casa dos pais dele! Claro que como toda adolescente eu
contra argumentei alegando que a casa era do namorado, mas isso não ajudava em
absolutamente nada!
A
rápida gestação foi de muito carinho –da parte da minha mãe– e trabalho! Claro
que em nenhum momento ela vinha fazer carinho na barriga e conversar com
Sophia, mas ela estava ao meu lado em todos os momentos. Não tinha tempo ruim,
saía e comprava tudo aquilo que era necessário e que estava ao nosso alcance.
Não faltou nada para a primeira neta da vovó!
Na
hora do parto, ela não estava preocupada com Sophia, estava preocupada comigo e
com o meu bem estar, só ficou tranquila quando me viu no quarto! O amor que tem
pelas filhas foi unido e transformado num amor tão mais puro, sem limites,
incondicional e eterno por uma pequena princesinha chamada Sophia!
Eu
“errei” em ter engravidado antes do tempo, ainda faltava muito tempo para minha
árvore amadurecer e dar frutos saudáveis, mas resolvi dar esse fruto antes do
tempo ... mas em cinco/quatro meses eu amadureci o que levaria anos e fazer de
tudo para que o fruto nascesse perfeito, e acho que deu certo né?!
Vovô
já foi mais frio durante a gestação, mas quando viu a princesa pela primeira
vez, acho que descobriu o verdadeiro significado do amor! Ele é paciente,
brinca de tudo e faz mais um pouco pela felicidade da princesa. Eles até já tem
um segredo! Toda vez que perguntamos para a Sophia “Qual é o segredo do vovô?!?” rapidamente ele responde “Que ele me ama!”! Sem falar que se
vamos ao supermercado ou shopping e
Sophia quer alguma coisa e sabe que eu ou papis não iremos comprar, ela fala “Mamãe, esse tem que pedir só para o vovô
né?!” ... garota esperta!
Ano
passado usei um texto da Raquel de Queiroz AQUI que não tem como não repetir esse
ano e todos os outros anos ... essa é minha homenagem a minha mamãe, avó da
minha Sophia!
Mas
também não tem como falar da minha avó. Há menos de uma semana meu avô faleceu
e ainda está tudo muito confuso ... o sentimento de tristeza por termos perdido
ele com a sensação de que foi melhor, afinal ele ficou muito debilitado com
tudo o que aconteceu em cinco dias! Com todos os erros e acertos, é por causa
deles que minha mãe existe, eu existo e Sophia existe! Carregamos não somente
nos nossos corpos mas como no nosso DNA a herança de uma árvore que deu frutos!
Para a minha avó Olívia, meu muito obrigada!
“Netos são como heranças: você os ganha sem merecer. Sem ter feito
nada para isso, de repente lhe caem do céu. É, como dizem os ingleses, um ato
de Deus. Sem se passarem as penas do amor, sem os compromissos do matrimônio,
sem as dores da maternidade. E não se trata de um filho apenas suposto, como o
filho adotado: o neto é realmente o sangue do seu sangue, filho de filho, mais
filho que o filho mesmo... Quarenta anos, quarenta e cinco... Você sente,
obscuramente, nos seus ossos, que o tempo passou mais depressa do que esperava.
Não lhe incomoda envelhecer, é claro. A velhice tem as suas alegrias, as suas
compensações — todos dizem isto embora você pessoalmente, ainda não as tenha
descoberto — mas acredita. Todavia, também obscuramente, também sentida nos
seus ossos, às vezes lhe dá aquela nostalgia da mocidade. Não de amores nem de
paixões: a doçura da meia-idade não lhe exige essas efervescências. A saudade é
de alguma coisa que você tinha e lhe fugiu sutilmente junto com a mocidade.
Bracinhos de criança no seu pescoço. Choro de criança. O tumulto da presença
infantil ao seu redor. Meus Deus, para onde foram as suas crianças? Naqueles
adultos cheios de problemas que hoje são seus filhos, que têm sogro e sogra,
cônjuge, emprego, apartamento a prestações, você não encontra de modo nenhum as
suas crianças perdidas. São homens e mulheres - não são mais aqueles que você
recorda. E então um belo dia, sem que lhe fosse imposta nenhuma das agonias da
gestação ou do parto, o doutor lhe põe nos braços um menino. Completamente
grátis — aquela criancinha da sua raça, da qual você morria de saudades,
símbolo ou penhor da mocidade perdida. Pois aquela criancinha, longe de ser um
estranho, é um menino que lhe é "devolvido". E o espantoso é que
todos lhe reconhecem o seu direito de o amar com extravagância; ao contrário
causaria escândalo e decepção se você não o acolhesse imediatamente com todo
aquele amor recalcado que há anos se acumulava, desdenhado, no seu coração.
Sim, tenho certeza que a vida nos dá os netos para nos compensar de
todas as mutilações trazidas pela velhice. São amores novos, profundos e
felizes que vêm ocupar aquele lugar vazio, nostálgico, deixado pelos arroubos
juvenis. Aliás, desconfio muito de que os netos são melhores que namorados,
pois que as violências da mocidade produzem mais lágrimas do que enlevos. No
entanto — no entanto! — nem tudo são flores no caminho da avó. Há, acima de
tudo, o entrave maior, a grande rival: a mãe. Não importa que ela , em si, seja
sua filha. Não deixa por isso de ser mãe do garoto. Não importa que ela,
hipocritamente ensine o menino a lhe dar beijos e a lhe chamar de
"vovozinha", e lhe conte que de noite, às vezes, ele de repente
acorda e pergunta por você. São lisonjas, nada mais. No fundo ela é rival
mesmo. Rigorosamente, nas suas posições respectivas, a mãe e a avó representam,
em relação ao neto, papéis muito semelhantes ao da esposa e da amante dos
triângulos conjugais. A mãe tem todas as vantagens da domesticidade e da
presença constante. Dorme com ele, dá-lhe de comer, dá-lhe banho, veste-o.
Embala-o de noite. Contra si tem a fadiga da rotina, a obrigação de educar e o
ônus de castigar. Já a avô, não tem direitos legais, mas oferece a sedução do
romance e do imprevisto. Mora em outra casa. Traz presentes. Faz coisas não
programadas. Leva a passear, "não ralha nunca". Deixa lambuzar de
pirulitos. Não tem a menor pretensão pedagógica. É a confidente das horas de
ressentimento, o último recurso nos momentos de opressão, a secreta aliada nas
crises de rebeldia. Uma noite passada em sua casa é uma deliciosa fuga à
rotina, tem todos os encantos de uma aventura. Lá não há linha divisória entre
o proibido e o permitido. Dormir sem lavar as mãos, recusar a sopa e comer
croquetes, tomar café — café! — mexer no armário da louça, fazer trem com as
cadeiras da sala, destruir revistas, derramar a água do gato, acender e apagar
a luz elétrica mil vezes se quiser e até fingir que está discando o telefone.
Riscar a parece com o lápis dizendo que foi sem querer — e ser acreditado!
Fazer má-criação aos gritos e, em vez de apanhar, ir para os braços da avó e de
lá escutar os debates sobre os perigos e os erros da educação moderna. Sabe-se
que, no reino dos céus, o cristão defunto desfruta os mais requintados prazeres
da alma. Porém esses prazeres não estarão muito acima da alegria de sair de
mãos dadas com o seu neto, numa manhã de sol. E olhe que aqui embaixo você
ainda tem o direito de sentir orgulho, que aos bem-aventurados será defeso. Meu
Deus, o olhar das outras avós, com os seus filhotes magricelas ou obesos, a
morrerem de inveja do seu maravilhoso neto. E quando você vai embalar o menino
e ele, tonto de sono, abre um olho, lhe reconhece, sorri e diz:
"Vó!", seu coração estala de felicidade, como pão ao forno. E o
misterioso entendimento que há entre avó e neto, na hora em que a mãe o
castiga, e ele olha para você, sabendo que se você não ousa intervir
abertamente, pelo menos lhe dá sua incondicional cumplicidade... Até as coisas
negativas se viram em alegrias quando se intrometem entre avó e neto: o bibelô
de estimação que se quebrou porque o menininho — involuntariamente! — bateu com
a bola nele. Está quebrado e remendado, mas enriquecido com preciosas
recordações: os cacos na mãozinha, os olhos arregalados, o beiço pronto para o
choro; e depois, o sorriso malandro e aliviado porque "ninguém" se
zangou, o culpado foi a bola mesma, não foi, Vó? Era um simples boneco que
custou caro. Hoje é relíquia: não tem dinheiro que pague.”
A
Arte de Ser Avó
Raquel
de Queiroz
Aiii que lindo amiga :)
ResponderExcluirparabéns para sua mãe, maravilha <3
Feliz dia dos avós.
mundodomeudani.blogspot.com
viva os avós, beijos,
ResponderExcluirNossa que texto lindo da Raquel de Queiroz! Sabe que me fez refletir as várias vezes em que briguei com minha mãe pelos pirulitos escondidos de mim...parabéns com atraso a todas estas que são privilegiadas por terem nossos filhos como netos...hehe...e que eles um dia nos deixem experimentar esta deliciosa experiência! Viva as vovós!
ResponderExcluirQue lindo, Marcela!! Realmente o que seria de nós sem os avós.
ResponderExcluirViva os avós!
Só acho que esse dia deveria ser mais valorizado, tanto quanto o dia das mães
Beijos
Lindo texto amiga....emocionante e do fundo do coração ....bjus
ResponderExcluirObrigada amiga ... fico feliz quando recebo elogios!
ResponderExcluirBeijos, Má
Pois é né Lilia ... os avós são fundamentais na vida de um frutinho!
ResponderExcluirBeijos, Má
Cris, eu confesso que muitos textos que escrevo me faz pensar em como fui como filha e como quero ser como mãe e como não quero que minha filha faça o que eu fiz!
ResponderExcluirBeijos, Má
VIVA!
ResponderExcluirbeijos, Má
Obrigada querida!
ResponderExcluirE você, deu parabéns para seus avós?!
Beijos, Má
Que post lindo! Graças a Deus temos essas pessoas tão especiais ao nosso lado que são nossas mães. Essas lindas vovós!!! Bjo enormeeee
ResponderExcluirOi Parabéns ela querida mãe avó, a minha é td de bom tbm^^
ResponderExcluirBjos!
Vovos queridas em todos os momentos da nossa vida!
ResponderExcluirparabens aos avos!bj*
As minhas princesas amam a vó delas de paixão e a vovó faz tudo que elas adoram. Eu agradeço a Deus pelo privilegio que minhas filhas tem com a única vó que elas tem.
ResponderExcluirbeijos
maede4princesas.blogspot.com
Má seu post não é simplesmente uma homenagem, é uma declaração e uma lição, os avós merece todo amor e carinho, e as coisas acontecem exatamente para o crescimento e amadurecimento . Nessa nasce, brota e fica em nós tudo que podemos adquirir e sermos responsáveis. O frutinho chegou para alegrar mais ainda a vida de todos, se eram felizes, eleva tudo a 10 potência, tente calcular e me fale (risos). Depois de algumas semanas retornando e cumprindo meu compromisso. Beijos
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